VOLTAMOS
Três anos sombrios de medo e pavor,
Três anos silentes de débil sinal
Que em forma de alento trouxesse vigor
Pra busca altaneira do acerto final.
Três anos vividos na prensa da dor.
Três anos de império do vírus letal.
Três anos pedindo, em triste langor,
A volta fagueira do nosso sarau.
De volta no espaço do verso e da prosa,
Do anseio visível na face vistosa
De quem aos talentos dá forma e visão,
Louvores se alteiam e o tempo se dosa
Em contos, poemas e sons do violão.
E a vida prossegue em sonora canção.
Luiz de Melo Sobrinho
Presidente da ALLA
Fevereiro/2023