Apresentação no dia 11 de novembro de 2016, no Museu Espaço dos Anjos, em Leopoldina, MG
2º lugar – Intérprete
PATÉTICO, SUBLIME POETA
Autora: Karla Celene Campos
(Montes Claros/MG)
Pseudônimo: Ângela
Intérprete: Willens Douglas
Lâmina.
Espinho. Pedra.
Quem pode
definir um homem?
Qual é a
definição de um poeta?
Anulação.
Aniquilamento. Decomposição.
Quanto tempo dura
um homem?
Qual a
duração de um poeta?
Pau D' Arco.
Rio de Janeiro. Leopoldina.
Quem pode
limitar espaços,
Se a obra
rompe cenários,
Se a obra
jamais termina?
Simbolista.
Expressionista.
Pré-modernista.
Parnasiano.
Em que
período se insere um artista
Nitidamente
contemporâneo?
Ceticismo.
Abismos. Ascos.
Quem não
vivencia
A antítese da
utopia
Nesta terra
de homens putrefatos?
Atualíssima é
a angústia, sublime Poeta,
Na podridão
dos dias que são os nossos,
Na falta de
sentido de todos os dias,
Na distopia
pós-moderna.
Sua agressão
é nossa arma
Poética,
Patético
Poeta,
Patrono de
outros esdrúxulos que vieram
E que insanos
escarram nas repugnâncias
E se aliviam
No delírio
febril da poesia...
Vês? Ninguém
considerou teu enterro
O fim da
última quimera
Mais do que
elementos químicos brotaram
Do teu não
definitivo sono.
Permaneces.
A lâmina que
fere é a mesma que molda.
A pedra que
apedreja é a mesma que constrói.
O espinho que
espeta é o que nos faz espertos.
Vês? Ninguém
considerou teu enterro
O fim da
última quimera.
Poesia
engendra fruto,
Augusto.
Patético.
Sublime.
Esdrúxulo.
Poeta.
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