Anderson Braga Horta
[In: Criadores de Mantras;
Ensaios e Conferências.
Thesaurus, Brasília, 2007.]
Jamais pude ver em Augusto dos Anjos um poeta materialista, na
corrente acepção da palavra, que exclui a sobrevivência de um princípio
pessoal, post mortem. Antes vejo nele o homem que reconhece a unicidade
da Criação, apesar das perplexidades e revoltas, e aparentes descaídas
maniqueístas – de que nos oferece duvidoso testemunho o soneto “Vítima do
Dualismo”. Pois o seu monismo evolucionista não deve ser tomado por vesgo,
unilateral: nele inclui-se, como contraface, um espiritualismo1
decerto não ortodoxo, e não sistematizado. Sua filosofia abrange espírito e
matéria, integradamente, aspectos ou estados que são da “substância
universal” única. A amargura, o pessimismo, a brutalidade da sua poesia têm
raízes não na espécie de niilismo que o poeta às vezes aparenta, mas na sua
condição de filho de uma aristocracia rural falida; de intelectual desarmado
para a vida prática, em que a mediocridade reiteradamente triunfa sobre a
inteligência pura; de homem fisicamente débil e de psicologia conturbada, com
antecedentes patológicos na família, segundo a informação de Francisco de Assis
Barbosa nas “Notas Biográficas” apensas à 30.ª edição do Eu.2
Essa amargura, esse pessimismo, essa rudeza refletem-lhe a revolta contra a
grosseria da vida em suas manifestações, contra a preponderância do aspecto
material sobre o espiritual, contra a fatalidade da dor.
O espiritualismo apresenta-se-lhe filtrado
e vigiado por uma poderosa, ciosa mente lógica. Esta, embora limitada, aponta
para além de sua limitação. É um círculo cujos raios olham para fora, mas não
sabe como se abrir. Em outras palavras, pode ela “adivinhar” o transcendente,
mas não captá-lo, vivê-lo. Eis o drama do intelecto, atingir os próprios
limites. Parece que o poeta não logrou desenredar-se inteiramente. Terá
contribuído para tanto a sua pouca vida, pois morreu aos trinta anos, antes da
plena maturidade. “Parece”, digo, por causa de sua quase onipresente revolta.
Tudo isso há de ser rastreado nos poemas. Vamos aos
indícios e às evidências de seus versos, quanto possível, em “generalidade
decrescente”.
O poeta invoca o nome
de Deus em “As Cismas do Destino”, “Sonho de um Monista”, “A um Carneiro
Morto”, “Os Doentes”, “A Meu Pai Doente”, “A Árvore da Serra”, “Noite de um
Visionário”, “A Ilha de Cipango”, "Poema Negro”, “Barcarola", “Ultima
Visio”, “Viagem de um
Vencido”, “Vox Victimæ” (como “Creador”).3 Não sobrecarregarei
a enumeração com referência aos “Poemas Esquecidos” – onde, aliás, poucas notas
antecipam as culminâncias a que subiria o poeta.
É verdade que a freqüência do nome Deus
poderia, em princípio, atribuir-se a um fator meramente cultural, tanto mais
que Augusto nascera em berço cristão. Mas há, quanto a isso, dois pontos
positivos para nossa tese:
1) Só uma vez tal nome vem grafado com inicial
minúscula, e é na décima primeira estrofe da parte VIII de “Os Doentes”:
“Eu maldizia o deus de mãos nefandas
Que, transgredindo a egualitária regra
Da Natureza, atira a raça negra
Ao contubérnio diário das quitandas!”
Aqui, a palavra “deus” não se refere ao “Criador”; mas no mesmo poema
já aparecera com maiúscula – na primeira estrofe da parte II:
“Minha angústia feroz não tinha nome.
Ali, na urbe natal do Desconsolo,
Eu tinha de comer o último bolo
Que Deus fazia para a minha fome!”
Afigura-se-me significativa a distinção feita pelo autor (e confirmada
pelo confronto com edição anterior).4
2) Algumas vezes o nome de Deus aparece carregado de
inequívoca significação, como em “Sonho de um Monista”:
“.... dentro da alma aflita
Via Deus – essa mônada esquisita –
Coordenando e animando tudo aquilo!”,
onde é identificado à
“energia intracósmica divina / Que é o pai e a mãe das outras energias”.
Apenas mais um exemplo, o terceto final de “Vox Victimæ”, em que o poeta
se refere “Ao corpo ubiqüitário do Creador”.
Alusões, que isoladas também se tomariam por
“culturais”, a Jesus Cristo, figuras do Antigo e do Novo Testamento, santos,
Buda, o Nirvana, livros sacros e profetas ou iluminados de religiões ou
filosofias orientais, – conjugadas revelam interesse que devia ultrapassar a
mera curiosidade. Exemplifico, para ser breve, com “O metafisicismo de
Abidarma”, do “Monólogo de uma Sombra”;5 as menções ao Ftá-Hotep e
ao Rig-Veda, de “Agonia de um Filósofo”;6 Siva, Arimã, o In (“As
Cismas do Destino”); “as quietudes nirvânicas mais doces”, a “negra
eucaristia”, o “caos budista”, Sidarta, etc. (“Os Doentes”). Não invalidam o
argumento, pelo pouco, os passos em que tais alusões ou invocações falam a
língua da revolta –e já se antecipou que o espiritualismo de Augusto, sobre
heterodoxo, tinha o forte matiz desse sentimento–, como em “As Cismas do
Destino”:
“Escarrar de um abismo noutro abismo,
Mandando ao céu o fumo de um cigarro,
Há mais filosofia neste escarro
Do que em toda a moral do cristianismo!”
Quanto às contradições de seu pensar-e-sentir, que oscila entre um Deus
na aparência católico, do catolicismo da infância, e teologias mais ousadas,
creio-as próprias de quem busca e tateia. Valho-me de Francisco de Assis
Barbosa:7
“A procura da verdade, que foi aliás um ideal tolstoiano, levou-o a
Schopenhauer e, através do autor de Dores do Mundo, chegaria ao
braamanismo e ao budismo. Poderia chegar até ao ocultismo ou ao teosofismo, na
mesma estrada percorrida por Fernando Pessoa, que se tornaria vulgarizador em
Portugal do esoterismo de Madame Blavatsky e tradutor de todos ou quase todos
os livros de Annie Besant. Pois Augusto dos Anjos se informara da ciência
esotérica, embora sem ser um iniciático, pelo menos não há notícias disso.
Todas essas correntes se cruzam no filosofismo do poeta, bem mais complexo do
que aparentemente se supõe, mesmo porque não teria renegado de todo a fé
católica. Mas, ainda rezando e aceitando todas as práticas do catolicismo, o
seu mundo estaria bem mais próximo de Buda, com a total negação da existência
material, à base de uma mortificação moral contínua. O conceito de destino do
poeta se confundiria, pois, com o significado búdico da própria vida, o qual
foi assim definido por um seu contemporâneo, por sinal dos mais chegados ao
autor do Eu, Orris Soares: ‘a existência é má porque está inseparável da
dor, havendo a permanência do sofrimento’.”
A transcrição é extensa mas, como se vê, indispensável. E, para
demonstrar que o poeta não estava a servir-se de um "filão", por
esnobismo, eruditismo, exotismo, mas exercia uma opção ditada do íntimo, é
decisiva esta observação de seu biógrafo:8
“.... não estaria preocupado em seguir a moda, tanto assim que não se
impressionou com o positivismo, quando o prestígio de Augusto Comte ainda se
mantinha de pé, sobretudo no Brasil.”
Não é ocioso assinalar-lhe, como um dos extremos do pêndulo, a crença,
ficta ou verdadeira, nos signos do zodíaco, espelhada no soneto “Psicologia de
um Vencido”:
“Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.”
A propósito, e para encerrar a transfusão de Assis Barbosa,9
retranscrevemos trecho de carta do poeta a sua mãe, Sinhá Mocinha:
“No dia em que fui nomeado” (para o Ginásio Nacional), “referi à Ester
seu antigo sonho, concretizado agora iniludivelmente. Ensina um filósofo
sombrio da Germânia que as verdades fundamentais da natureza e alguns
acontecimentos efêmeros da vida fenomenal são revelados em sonhos, pela psiquê
de certos espíritos privilegiados. A inscrição da tábua profética está pois
realizada.”
Evidências de que Augusto era esse perquiridor em que temos insistido
estão disseminadas por toda a sua obra, e.g.: “– Quem sou? Para onde
vou? Qual minha origem?” (“Poema Negro”). E as evidências de que era um
torturado da ânsia de autoconhecimento (esse fulcro do pensamento
espiritualista mais avançado) vêm desde o título –Eu– do único livro que
publicou, sem atenuação nas “Outras Poesias”. Gostaria de citar o soneto “Natureza
Íntima”, em que põe na voz da Natureza –com a qual, creio, aí se identifica–
estas palavras:
“Pois é possível que Eu, causa do Mundo,
Quanto mais em mim mesma me aprofundo,
Menos interiormente me conheça?!”
“Alma” e “Espírito” são palavras
igualmente encontradiças na obra anjosiana. O contra-argumento prévio é que se
trata de palavras correntes, indispensáveis, freqüentemente desvinculadas de
qualquer sentido espiritualista ou transcendente, para significar a essência, a
personalidade, feixes de energias não necessariamente eternas enquanto
individualidades. E é preciso reconhecer que, às vezes, pelo menos à primeira
vista, o poeta parece aceitar a eternidade da alma tão-só enquanto energia,
nisso não ultrapassando a aplicação do princípio de Lavoisier; descrendo, pois,
da permanência do indivíduo, da personalidade. Assim no soneto “A um
Epiléptico”, tercetos:
“Mas após o antropófago alambique
Em que é mister todo o teu corpo fique
Reduzido a excreções de sânie e lodo,
Como a luz que arde, virgem, num monturo,
Tu hás de entrar completamente puro
Para a circulação do Grande Todo!”
A um segundo olhar, entretanto, nota-se a oposição espírito-matéria,
não como no pensamento dualista, mas como aspectos mínimo e máximo da “substância
universal”. E só quando assumido o aspecto máximo entra a substância “para
a circulação do Grande Todo”. Dos Anjos dá a entender, em vários poemas, que
compreende o Universo como infinito cadinho para as transformações da
Substância, passando pelo grau maior do espírito mas com vistas à Integração
final. Vamos aos exemplos disso e da intencionalidade com que reiteradamente se
refere a “alma” ou “espírito”.
De “Último Credo”:
"Creio, como o filósofo mais crente,
Na generalidade decrescente
Com que a substância cósmica evolui...
Creio, perante a evolução imensa,
Que o homem universal de amanhã vença
O homem particular que eu ontem fui!”
De “Gemidos de Arte”:
“Mas a carne é que é humana! A alma é divina.
Dorme num leito de feridas, goza
O lodo, apalpa a úlcera cancerosa,
Beija a peçonha, e não se contamina!”
....................................................................
“Fico a pensar no Espírito10 disperso
Que, unindo a pedra ao gneiss e a árvore à criança,
Como um anel enorme de aliança,
Une todas as coisas do Universo!
E assim pensando, com a cabeça em brasas
Ante a fatalidade que me oprime,
Julgo ver este Espírito sublime,
Chamando-me do sol com as suas asas!”
....................................................................
“Seja este sol meu último consolo;
E o espírito infeliz que em mim se encarna
Se alegre ao sol, como quem raspa a sarna,
Só, com a misericórdia de um tijolo!...”
De “A Árvore da Serra”:
“– As árvores, meu filho, não têm alma!”
....................................................................
“– Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?
Deus pôs almas nos cedros, no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minh’alma!...”
Do “Poema Negro” (provavelmente escrito sob clima de
desvario):
“Não! Jesus não morreu! Vive na serra
Da Borborema, no ar de minha terra,
Na molécula e no átomo... Resume
A espiritualidade da matéria
E ele é que embala o corpo da miséria
E faz da cloaca uma urna de perfume.”
De “Suprème Convulsion”:
“E a alma o obnóxio quietismo sonolento
Rasga; e, opondo-se à Inércia, é a essência pura,
É a síntese, é o transunto, é a abreviatura
De todo o ubiquitário Movimento!”
De “Guerra”:
“.... avidez com que o Espírito procura.
Ser perfeito, ser máximo, ser forte.”
De “Numa Forja”:
“.... na Natureza,
.... a Matéria avança
E a Substância caminha
Aceleradamento para o gozo
Da integração completa”.
Augusto dos Anjos é não só “o poeta da Morte”, “O Poeta do Hediondo”
–expressões dele–, mas também o poeta do fracasso, da estagnação, da “força
desaproveitada” (ver “O Lamento das Coisas”, “O Pântano”, “A Meretriz”, “Numa
Forja”, “As Montanhas”). Natural isso em quem aspira à transcendência, à
plenitude (como se observa em “Último Credo”, passagens de “Os Doentes” e
“Queixas Nocturnas”, “Ao Luar”, “Anseio”, etc.), em quem sofre a ânsia
da Unidade e por isso queda insatisfeito, angustiado, perplexo ante o inacabado,
o heterogêneo mundo fenomênico, o “pluralismo hediondo” (“Louvor à Unidade”).
Quanto ao evolucionismo anjosiano, como se
fundamentaria, relativamente ao “aspecto máximo”, isto é, ao espírito? A
hipótese reencarnacionista não pode ser desprezada, tantos indícios lhe
encontramos no poeta. O mais veemente, talvez, está nos tercetos do “Solilóquio
de um Visionário”,11 que reproduzo na íntegra:
“Para desvirginar o labirinto
Do velho e metafísico Mistério,
Comi meus olhos crus no cemitério,
Numa antropofagia de faminto!
A digestão desse manjar funéreo
Tornado sangue transformou-me o instinto
De humanas impressões visuais que eu sinto,
Nas divinas visões do íncola etéreo!
Vestido de hidrogênio incandescente,
Vaguei um século, improficuamente,
Pelas monotonias siderais...
Subi talvez às máximas alturas,
Mas, se hoje volto assim, com a alma às escuras,
É necessário que inda eu suba mais!”
Sabemos que o pensamento espiritualista atribui à dor função
relevantíssima no processo de aperfeiçoamento da criatura; será ela um dos
motores da evolução, destacadamente no plano espiritual. Não há de ser mera
coincidência a importância que (como à morte) Augusto dos Anjos lhe dá. Poderia
este fato meramente refletir a ciência de que só por meio dela o Homem cresce
em sensibilidade e inteligência, sem conotações espiritualistas. Mas contra a
interpretação restritiva se levanta, claro, o soneto “Minha Finalidade”
(significativo, para este estudo, pelo que sugere o título, pelo final do
primeiro quarteto, pelo todo, enfim):
“Na canonização emocionante
Da dor humana, sou maior que Dante”.
Coerentemente, assim se expressa no belíssimo “Hino à Dor”:
“Dor, saúde dos seres que se fanam,
Riqueza da alma, psíquico tesouro,
Alegria das glândulas do choro
De onde todas as lágrimas emanam...
És suprema! Os meus átomos se ufanam
De pertencer-te, oh! Dor, ancoradouro
Dos desgraçados, sol do cérebro, ouro
De que as próprias desgraças se engalanam!
Sou teu amante! Ardo em teu corpo abstracto.
Com os corpúsculos mágicos do tacto
Prendo a orquestra de chamas que executas...
E, assim, sem convulsão que me alvoroce,
Minha maior ventura é estar de posse
De tuas claridades absolutas!”
Para encerrar esta colheita, quero ainda transcrever dois sonetos. O
primeiro, “Canto de Onipotência”, por sugerir uma teleologia espiritualista,
coerente com o monismo evolucionista do poeta, em que se vislumbra a final
superação do mundo fenomênico e a integração da consciência no “Grande Todo”,
no Absoluto, na Divindade:
“Cloto, Átropos, Tifon, Láquesis, Siva....
E acima deles, como um astro a arder,
Na hiperculminação definitiva
O meu supremo e extraordinário Ser!
Em minha sobre-humana retentiva
Brilhavam, como a luz do amanhecer,
A perfeição visual tornada viva
E o embrião do que podia acontecer!
Por antecipação divinatória,
Eu, projectado muito além da História,
Sentia dos fenômenos o fim...
A coisa em si movia-se aos meus brados
E os acontecimentos subjugados
Olhavam como escravos para mim!”
Este outro, “Ultima Visio”,
pela cristalinidade do sentido geral:
“Quando o homem, resgatado da cegueira
Vir Deus num simples grão de argila errante,
Terá nascido nesse mesmo instante
A mineralogia derradeira!
A impérvia escuridão obnubilante
Há de cessar! Em sua glória inteira
Deus resplandecerá dentro da poeira
Como um gasofiláceo de diamante!
Nessa última visão já subterrânea,
Um movimento universal de insânia
Arrancará da insciência o homem precito...
A Verdade virá das pedras mortas
E o homem compreenderá todas as portas
Que ele ainda tem de abrir para o Infinito!”
Concluindo, ressalto que o espiritualismo às vezes amargo, revoltado de
Augusto dos Anjos não é passível de enquadramento numa denominação, se bem que
certas de suas fontes visíveis e a insistência em determinadas noções o
aproximem de algumas. As próprias contradições encontráveis no poeta são as de
quem procura “apreender o Inapreensível” e, pelo fato mesmo de andar buscando,
não pode vestir a camisa do Sistema.
________________________________________________________
1. Esta palavra,
“espiritualismo”, é conveniente; mas não deixemos de notar que, de um ponto de
vista monístico, a oposição espiritualismo x materialismo é oca, fruto de nossa
visão parcial.
2. Livraria São José,
Rio de Janeiro, 1965. É a edição utilizada para este trabalho.
3. Mantemos, quando
implique ou possa implicar diferença fonética, a grafia quase sempre
conservadora da edição utilizada.
5. Vejam-se as
notas de Antônio Houaiss ao poema, in: Augusto dos Anjos, Coleção Nossos
Clássicos, n.º 46, Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro.
6. Idem, ibidem.
7. Loc. cit.,
p. 316.
8. Ibidem.
9. Ibidem.
10. Aqui, “Espírito” é
a “substância universal” (ver “Agonia de um Filósofo”); na estrofe
seguinte, parece identificar-se à Divindade.
11. Clóvis Ramos, citando Fausto Cunha, in: Temas
Espíritas na Poesia Brasileira, Sabedoria, Rio, 1969, pp. 120-121.
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