Discurso de posse da acadêmica jovem
Ana Claudia Carraro Cuco
Boa noite a todos os presentes!
É uma honra estar aqui compartilhando este momento com vocês e tendo a oportunidade de ingressar na ALLA Jovem. Eu fui um pouquinho persistente em relação a isso. Ano passado, eu participei do concurso também através de uma resenha e fui classificada em segundo lugar. Este ano, pensei muito sobre participar do concurso, e por pouco não realizei isso. Mas dois anjinhos me motivaram a participar. Obrigada, Priscila e Mara, vocês foram fundamentais! Para variar, como tudo em minha vida, teve muita emoção: fiz minha inscrição faltando cinco minutos para encerrá-la. E... bom, aqui estou eu.
Após saber que teria que escolher um patrono, mobilizei alguns mestres da escola, mas foi com minha mestre de tempo integral Priscila que eu encontrei João Moojen de Oliveira.
João Moojen nasceu no dia 1º de Dezembro de 1904, aqui em Leopoldina.
Em 1921, concluiu o curso secundário no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Um ano depois, ingressou na universidade de Farmácia de Minas Gerais para, três após anos, finalizá-la.
Entre 1925 a 1932, lecionou, no Ginásio de Além Paraíba, Ciências Naturais, Física, Química, Francês, Inglês, Geometria e História do Brasil e da Civilização.
Já em 1933, foi convidado para ensinar Biologia Geral e Zoologia onde atualmente funciona a Universidade Federal de Viçosa. Ali organizou inúmeras expedições para pesquisas.
Escreveu quatro mimeógrafos sobre mamíferos, plantas, caça e ofidismo.
É considerado o pai da divisão de Zoologia de Vertebrados e Invertebrados.
Em 1943, publicou sua pesquisa sobre a “Fauna de Minas Gerais-Aves”.
Fez doutorado em Filosofia, obteve PhD com o trabalho “Speciation in the Brazilian spiny rats Genus Proechimys, family Echimyiade”( Especiação nos ratos espinhosos brasileiros Gênero Proechimys, família Echimyiade), após ganhar uma bolsa na Universidade do Kansas nos Estados Unidos.
Chegou a ser Superintendente Geral da Agricultura do Distrito Federal. Publicou incontáveis artigos conclusivos à suas pesquisas.
João Moojen aproveitou cada segundo dos seus 81 anos, aprimorando-se nas áreas que lhe instigavam.
Guardava em sua coleção particular de mamíferos, 82.000 exemplares, que até bem pouco encontrava-se no saudoso acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro que, hoje, é uma ferida aberta no setor cultural e educacional do país.
Moojen viveu em matrimônio com D. Emilia Costa Cruz Figueira, com quem teve quatro filhos, e faleceu em 31 de março de 1985.
Este foi um exemplo como pessoa que correu atrás dos sonhos e, para mim, é muito gratificante esta noite poder homenageá-lo.
Agradeço a todos da ALLA pela oportunidade única. Sem dúvidas, aprendi muito!
Obrigada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Favor informar endereço de e-mail para resposta.