Discurso da Acadêmica Jovem: Alice Ferreira Tavares
Entrei na ALLA jovem por meio do concurso literário, o que foi uma grande surpresa. Sonhar, nós sonhamos, porém, não esperava um primeiro lugar! Então, é com grande honra que hoje me apresento como membro da academia jovem.
Quando entrei, recebi a notícia de que precisaria escolher um patrono, logo pensei em Humberto Mauro, por ser muito próximo de minha família, pois ele era primo de meu avô, e também, porque cresci ouvindo histórias de Humberto Mauro. Porém, quando soube que precisaria ter uma ligação com Leopoldina, perdi as esperanças, pois quando se ouve falar em Humberto Mauro, logo pensamos em Volta Grande e Cataguases. Mas, para minha felicidade, minha professora Ana Cristina disse que ele estudou aqui em Leopoldina, então Humberto foi aceito.
Humberto Mauro foi um dos pioneiros do cinema brasileiro, fazendo filmes entre 1925 e 1974. Ele nasceu em Volta Grande, mudou-se para Cataguases, estudou no Ginásio, aqui em Leopoldina, e quando terminou o colégio, fez um ano de engenharia em Belo Horizonte.
Voltou para Cataguases, onde morou um tempo com sua família, construiu o primeiro aparelho receptor de rádio de Cataguases, em seguida foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como eletricista. Retornando a Cataguases, casou-se com Maria Vilela, Dona Bebê.
Por ser interessado em fotografia, Mauro comprou sua primeira câmera fotográfica e junto com Pedro Comello fizeram seu primeiro filme de curta-metragem. A partir daí, houve o início de sua carreira. Humberto produziu vários filmes, tanto curtas como longas-metragens, sendo alguns deles gravados em Volta Grande.
“Canto da Saudade” foi o filme do qual minha vó Vilma participou. Lembro-me bem das vezes que víamos todos juntos “Canto da Saudade”!
Foi homenageado no Festival de Cannes como um dos cineastas mais importantes do século XX.
Humberto faleceu em 1983, com 86 anos, em sua cidade natal, Volta Grande.
Agradeço a todos os membros da ALLA, que me deram esta oportunidade incrível e inesquecível; aos meus familiares, que me deram apoio e incentivo, em especial à tia Aninha, que sempre me incentivou a escrever poesias; a meu vô Nando, que desde pequena brincava comigo de rimar, e à professora Ana Cristina, que me ajudou a ter este dom e este amor pela escrita.
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